terça-feira, 9 de agosto de 2011

Teias de aranha

Ouço sereias cantando, chamando por mim. A voz é doce mas sei que o coração é vazio. Perguntei a um marinheiro se poderia construir um barco, um que naufragasse num abismo de escuridão e paz. Quero lá ficar, imóvel no escuro, para que suas buscas por mim sejam vãs.

Nos lugares onde quero encontrar força, me deito. Meu chão ainda está tenro. Me conte o que encontrarei aqui fora: o mar? o pôr o sol? o que deixou para mim? Meu teto está alto demais para que eu consiga limpar as teias de aranha.

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